quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Dor

Ontem foi um dia morno... sem emoções...

Estava cansada, triste, abatida.

Não consegui saber por que.

Acho que esse lado rebelde e sombrio está tomando conta de mim.

Não gosto de andar por caminhos antes percorridos.

Gosto de fazer meu próprio caminho, meu próprio destino.

Sem saber o porque, mas com a certeza que sei tudo e ao mesmo tempo não sei nada.

Viajo pelo mundo em pensamentos... sem sair do lugar.

Isso me dá medo...

A linha tênue entre amor e ódio existente em mim teima em afinar-se cada vez mais.

Numa dessas noites de insônia... pensei sobre isso:

Hoje o dia dói…
Dói como ferro em brasa em ferida aberta…
Como se a vida tivesse algum prazer mórbido em me ferir…
Dói a ausência…
Dói a saudade…
Saudade até do que não há… do que nunca houve…
Dói aquela luz que brilha ao longe, por breves instantes, mas que permanece lá…
longe… sem se deixar alcançar…
Doem passos que seguem outros passos que fogem…
Sem sentir… sem amor…
Dói a loucura que vai ficando…
Dói mais ainda a consciência
Do despertar… do desengano…
E… nada há…
Hoje… dói o que não há…

E como dói a dor de perder ... o que nunca se teve...

Nenhum comentário: