Como enganar os dias solitários e a alma árida?
A lembrança do que não foi,como um filme interrompido após os letreiros iniciais?
Como enganar a vontade dos beijos que inventavam saudades para mais tarde e de que nem sei o sabor?
Como enganar essa dor dos signos não desenhados,de não ver o chão que queríamos marcar com nossas palavras?
Tudo areia, tudo.
O mar levou.
Como enganar as mãos ansiosas pelo corpo de moldar em angústia de paixão e detê-las antes do gesto inútil, do gesto sem lugar, sem porto, sem corpo de tocar?
Como enganar meus sonhos, se"você é a palavra única que ando pronunciando"?
Ensina-me onde me esconder da saudade, se não tenho braços de me acolher?
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
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